De acordo com Dario Rustico, presidente executivo da Costa Cruzeiros para a América do Sul e Central, o mercado brasileiro de cruzeiros está passando por um momento de virada e definido para ser a sua maior temporada de cruzeiros em dez anos, o país vive um momento decisivo, que definirá seu futuro no setor.
“O Brasil concorre com outros destinos no mundo. Há dez anos, o país perdeu navios para outras regiões que desenvolveram um ecossistema de infraestrutura, custo e regulamentações que permitiam uma operação melhor e mais lucrativa”, explicou, apontando para o pico de capacidade anterior do país.
“Vivemos um momento positivo, de oportunidade, trabalho e planejamento. Não é hora de apenas elogiar, precisamos sentar e planejar o que tem que ser feito nos próximos anos”.
Falando no Fórum LIA Brasil, Rustico apontou a infraestrutura atual como uma das maiores limitações do país.
“Temos que ser honestos, a infraestrutura hoje está abaixo do que precisamos e para onde queremos chegar”, disse ele, acrescentando que o Brasil também enfrenta custos operacionais acima da média, com itens como combustível e impostos custando mais do que em outras regiões.
“O maior problema, porém, é a soma de todos esses custos. É isso que não nos permite competir com outros destinos”, acrescentou.
O lado comercial da operação, por outro lado, apresenta uma “grande oportunidade”, disse Rustico. Contribuindo para o impulso do Brasil, a Costa está enviando o Costa Firenze construído em 2020 para o país para a temporada 2022-2023.
Parte de um programa de três navios que inclui também o Costa Favolosa e o Costa Fortuna, a embarcação com 4.232 hóspedes será a maior já operada pela empresa na região. Para dar continuidade ao que Rustico chama de “estratégia de crescimento sustentável”, a marca operará o Costa Diadema, o Costa Favolosa e o Costa Fascinosa na América do Sul para a temporada 2023-2024.
“Estamos crescendo ano a ano. No ano que vem também teremos mais capacidade”, destacou.
A Costa Cruzeiros é ainda uma das duas companhias que opera no Brasil durante a temporada brasileira, que vai de Novembro até o início de Março. Outras companhias já fizeram operações no Brasil com o destaque da Royal Caribbean International, a companhia que possui os maiores e mais modernos navios do mundo; porém devido ao alto custo e a falta de infraestrutura destacados neste artigo, encerraram suas atividades e nunca mais retornaram.
A equipe do Tudo Sobre Cruzeiros mantém a esperança de que um dia, outras empresas da indústria despertem o interesse em explorar o mercado brasileiro e que assim com o aumento da demanda, haja um interesse do Estado em criar subsídios para movimentar a indústria assim como modernizar portos e terminais.
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