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Conheça o primeiro mega navio, projetado 30 anos atrás

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Cerca de 30 anos antes da atual geração de meganavios, poderíamos ter tido um outro navio ainda maior. O visionário norueguês Knut Utstein Kloster (falecido em 2020), é creditado por ter lançado o maior e mais moderno projeto na indústria de cruzeiros. Sua visão e idealismo, bem como alguns de seus seus muitos projetos, estão descritos no livro True North, escrito por Stephanie Gallagher, e publicado pela iUniverse Books e hoje disponível na Amazon Brasil.

Apresentado pela primeira vez em meados da década de 1980, o primeiro mega-navio pelos padrões de hoje teria sido o Phoenix, com 255.000 toneladas e capacidade para acomodar 5.600 passageiros. Isto apresentou uma série de ideias e conceitos que ainda são únicos, e todos os seus projetos foram aprovados pela sociedade de classes e a Guarda Costeira dos EUA. Originalmente destinado a fazer parte da Norwegian Cruise Line, o conselho da companhia rejeitou o navio gigante por ser um projeto muito arriscado.

Gallagher e Kloster então, não satisfeitos com a posição, assumiram o projeto por conta própria e estabeleceeram aWorld City Corporation como companhia matriz. Como descrito no livro, são traçados os esforços que foram feitos para construir o navio (primeiro na Alemanha e no Japão) e também nos Estados Unidos, criando inclusive o conceito visionário de um estaleiro dedicado somente para a construção de mega-navios.

Mais de cinco anos em design, testes e pesquisa de mercado, o projeto Phoenix World City prometia ser um empreendimento comercial de grande sucesso e não visandoapenas o mercado de cruzeiros, mas também o lucrativo mercado de convenções/reuniões.

Além de seu tamanho enorme, um rápido exame da Phoenix World City revela que ela era uma mudança dramática e ousada do design atual de navios. Ela acomodaria seus 5.600 passageiros (6.200 com quatro passageiros por quarto) em 2.800 cabines e suítes localizadas principalmente em três torres de hotel, o que lhe daria um perfil distinto. Cada torre era uma entidade separada, proporcionando aos passageiros a sensação de estar em um refúgio em uma ilha, em vez de um navio de cruzeiro.

Portais maciços na popa do navio se abririam para revelar uma grande marina dentro do navio. Este é o porto de chegada dos visitantes de World City quando o navio está ancorado próximo de um porto ou mesmo em andamento. Quatro navios menores, capazes de velocidades de até 50 nós, cada um com capacidade para 400 pessoas, aportam dentro do navio. As embarcações seriam usadas para transportar passageiros de e para portos e uma variedade de destinos dentro de um raio de 50 milhas náuticas do navio.

O Phoenix World City de 21 andares foi projetado para dar aos passageiros liberdade e espaço sem perder seu senso de comunidade: praças, parques, uma área de comércio, Rendezvous Plaza, Main Street, galerias, museus, uma casa de culto interdenominacional, jardins tropicais, arena esportiva, esplanadas, boates, cinemas, bistrôs, discotecas, seis piscinas, seis jacuzzis, centro universitário, biblioteca de 100.000 volumes, centro de negócios, corretora, complexo de artes, centro médico, corpo de bombeiros, delegacia de polícia , e dezenas das lojas, boutiques e restaurantes mais famosos do mundo.

Embora o projeto fosse ambicioso para a época, o espaço interno possuia falhas para os padrões de hoje em dia. Os 12 restaurantes do navio iriam ocupar uma área total de 4.800 metros quadrados, o que hoje em dia seria pouco menos da metade de um campo de futebol, não dando vasão para a quantidade de passageiros a bordo. Outro espaço interno de pequenas grandes proporções seria o teatro de 2.000 lugares do navio, com mezanino, localizado nos decks 7 e 8 e na época grande o suficiente para receber eventos como um musical da Broadway, ou sediar o Bolshoi Ballet, a Royal Shakespeare Company ou a Filarmônica de Nova York. Hoje em dia os teatros a bordo dos navios de cruzeiros modernos possuem capacidade para 500~1500 passageiros e geralmente ocupam quatro decks (incluindo as áreas atrás do palco).

Mas o investimento de US$ 1,5 bilhão foi considerado demais para a época e mesmo com o capital disponível através de linhas de crédito, o projeto foi considerado um fiasco e assim, as portas para o Phoenix foram totalmente fechadas.

Confira algumas renderizações de como o navio poderia ter sido abaixo.

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